quinta-feira, 7 de junho de 2012

PROVA RADICAL DA MISÉRIA

21ª PSICOGRAFIA 
MAIO DE 2003.   
PROVA RADICAL DA MISÉRIA - TANCREDO DE  
MYLLYS. 
Tancredo de Myllys, espírito ligado ao ofício da reencarnação, dá uma lição profunda e comovente sobre a 
“prova radical da miséria”; do que existe por traz de um ser que opina por enfrentar esse teste. Aborda 
ângulos de visão que estão além de nossa percepção cotidiana na matéria. 
Toda e qualquer palavra que fosse acrescentada neste exórdio, nada adicionaria ao contexto das 
revelações do sábio mentor espiritual. 
_Meu filho. Estivemos acompanhando o encarne de um irmão na prova máxima radical, a da miséria. Prova 
que reúne o antagonismo entre o bem e o mal em sua mais alta intensidade. Prova que muitas vezes, tal a 
sua crueldade, põe em dúvida, àquele que passa por ela, a existência de Deus. Prova que reúne em si, os 
mais dolorosos problemas a enfrentar por um ser humano e que, quase sempre, os poucos resultados 
positivos não têm continuidade. Prova que só se alivia após cada etapa concluída: não há meio termo. Prova 
que a maioria dos espíritos reluta em enfrentar, mas que é seletiva as demais matérias do curso de 
aperfeiçoamento espiritual por que passa no decorrer de suas existências, para aprender a conviver com a 
dor, a fome, a incapacidade física e intelectual, o desespero, a escravidão, a injustiça...Compreender a 
angústia de seus semelhantes; ser grato e humilde de coração. 
Acompanho um espírito nessa prova, desde a sua admissão na matéria, quando teve que enfrentar 
obstáculos para definir padrão genético no código DNA. Vi com que dificuldade, lutou por construir seu 
invólucro carnal, num útero debilitado de nutrientes. Estive junto em seus primeiros momentos, no ventre 
doente e conturbado de sua mãe; vítima dos maus tratos que a sociedade lhe infligia. Observei seu 
nascimento e todas as angústias para sobreviver. Acompanho este ser até hoje, vendo-o lutar pela própria 
vida; carente de instrução, vítima da agiotagem de princípios, onde as pessoas dão uma pequena parte e 
exigem a escravidão de quem recebe. 
Quantos passos desesperançados, desarmonizados, foram dados em sua peregrinação: _favelas, becos, 
vielas, casebres... Camas de madeira superpostas, quando muito e, um colchão fétido de miolo, do que 
sobrou de outro usado. Fogão sem fogo, panela sem comida; o dia seguinte, incerto; o desalento de cada dia 
e, para maltrata-lo ainda mais, como carrascos, seus pensamentos, vez por outra, constroem lindas 
quimeras, impossíveis até de sonhar e que em vez de libertar sua alma, a comprime na pequenez, punindo-a 
impiedosamente, na volta  à realidade. O homem perde a individualidade, passa a ser uma sombra, sem 
rosto, sem nome, que desaparece ou muda de lugar ao sabor das estações; rodeado de outras sombras 
iguais; vultos que habitam esse mundo tão grande, dos miseráveis. O instinto de sobrevivência transforma-o 
num animal qualquer que foge em busca de um recanto, de um abrigo, onde possa encostar suas costelas, 
tão doloridas, que qualquer repouso, passa a ser conforto. 
Acompanho este homem, este espírito forte, que opinou por enfrentar a  “Prova Radical da Miséria”; em 
sentir, viver, sofrer...Comungar com outros amigos, dessa mesma miséria, que o mundo analisa dentro de 
um processo macro-social, mas, não desce aos detalhes desses sofrimentos, para fugir ao confronto 
antecipado da revelação. 
A sociedade é o componente básico dessa prova. A ingratidão, a deslealdade, a insensatez, a 
humilhação...Fazem parte dela. Não há como substitui-las. Não há como tirá-las do contexto. _De nada 
adiantaria aos que se envolvem nesse teste e somente dentro de si mesmos encontrarão a força, dada pelo 
Pai, pois só Ele, sabe o que existe dentro de andrajos ambulantes, grosseiros, sujos, rudes, aparentemente 
desprovidos de sonhos, de amor próprio; sem honra e sem alma. Apenas o Pai, sabe avaliar o âmago de um 
desses irmãos radicais, que vivem principalmente nas periferias das grandes cidades, para aferir o orgulho, 
pelo contraste de vida com a riqueza e o luxo, onde todas as benesses materiais são possíveis. Esses 
contrastes são como açoites, em suas peles feridas pelos desenganos e pela inquietação de não poder 
participar do lenitivo do prazer. 
Estou junto desse irmão. Vivo com ele em meus estudos. Nós espíritos também estudamos; pesquisamos, 
provamos, conferimos metas...Avaliamos resultados e, nessa luta eterna de aprendizado, que se funde no 
tempo, buscamos também o nosso aperfeiçoamento e criar reservas e conceitos para quando um dia, 
tivermos que orientar ou viver, uma prova radical; tenhamos experiências de comportamento do ser 
encarnado, com suas dificuldades e suas logísticas de enfrentamento das provas. _Tancredo de Myllys, em 
nome de Deus. 

CARTA PARA ACABAR NAMORO


03.06.2012
SÁBADO

CARTA PARA ACABAR NAMORO

Nos anos cinquenta, era comum entre os jovens, propor namoro com uma moça ou encerrar relacionamento, por carta. Havia até a venda nas livrarias, folhetos com modelos dessas correspondências, para atender àqueles que não tinham capacidade de “enfeitar” as palavras. Criou-se com isto uma necessidade que ia, desde a simples escolha do modelo da carta, até as providências que teriam que ser tomadas, para que uma mesma missiva, não fosse enviada a pessoas, em que houvesse a possibilidade de ter tomado conhecimento do texto, uma vez que as mocinhas costumavam mostrar as amigas, as correspondências recebidas de seus namorados.

Eu, rapaz muito namorador, estava sempre mudando de relacionamento e, tal era a frequência, que tinha uma carta preferencial publicada num modelo do Piauí, pois o seu conteúdo, eu acreditava ser romântico, desprovido de palavras que pudessem ofender a pessoa alvo e até de certo modo, confessando o meu amor não correspondido. Batizei esta carta, como A CARTA Nº 3, usada na quase totalidade das minhas despedidas.



Eis a íntegra:

Fulana de tal.

Mando-te esta, para cientificar-te, que apesar de te querer muito, acho-me forçado a dizer-te a maior e a mais triste das verdades; porque feliz eu seria se algum dia, buscar-se em teu coração a semente sagrada de um verdadeiro amor; mas bem sei que isto é impossível, porque em ti só resta um amor já extinto e que dispões dele para enganar-me. Cansado estou de tanto sofrer por tua causa.

Serei por ventura o culpado? _Não sei. Há algo infinitesimal que escapa a minha compreensão; mas não importa, porque a consciência advoga a minha causa. Nada mais resta entre nós. Não me procure mais. Adeus.

Nilson Mello.

domingo, 22 de abril de 2012

40 - PISCODIGITAÇÃO DE SARA

18.04.2012
TERÇA FEIRA
10h30min/11h14min

40 _ PISCODIGITAÇÃO DE SARA

Sara rememora toda uma vida paralela ao lado do médium, instruindo, aconselhando, orientando a maneira de se conduzir no mundo, a fim de concluir um aprendizado espiritual. Coisas que o médium tinha vivido e não notara, foram-lhe mostradas. A memória dos espíritos é muito vasta.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Que sua paz, sua luz seu amor, estejam em nossos corações, agora e sempre. _Sara, em nome do Pai.

Meu filho, quantos acompanhamentos de vida nós fizemos nesta tua encarnação; quantos conselhos nós te demos _ quantas observações fizemos, caminhos nós te indicamos, atitudes te inspiramos, _recuos, revoltas te consolamos? Tantos desafetos, evitamos que arregimentasses em tua jornada, aumentando os números deles em teu arquivo de memória.  Em muitas pequenas coisas, te ajudamos a compreender e a executar. Lições te foram ensinadas, atitudes te foram citadas. Cumpriste a maioria dos nossos conselhos; aceitaste a grande parte de nossas advertências. Inspiramos-te a procurar outros caminhos, outras estradas. Inspiramos-te a te abrigar no inconsciente, em que as localidades se escondiam de ti, para que não as encontrasses, sem muito sacrifício e trabalho. Acompanhamos-te meu filho e continuamos por toda a eternidade evoluindo juntos um do outro, nessa estrada tão gostosa de viajar; onde o calor material, o frio, o cansaço, as angustias, as motivações, os pequenos gozos, são as constantes, que embalam os nossos passos.

Quando verificares todos os ensinamentos que escreveste e aqueles que nos primeiros dias perdeste, desprezados como rascunhos sem importância, nas gavetas de um bureau, por falta de motivação para enfrentar os desafios que vinham contidos; verificarás que em quase, ou mesmo na totalidade deles, existia uma luz implantada para o teu caminho; um direcionamento para os teus atos, um pretexto velado, para que o nosso amor interferisse nos teus sonhos.  Alguns, a maioria, tu seguiste e foste muito feliz, com os resultados; outros, tu não percebeste, não entendeste o significado, envolvido que estavas nas realizações materiais. _Hoje, já bem mais domadas, já muito mais diferentes daquelas dos dias de outrora, te relembramos, tantos momentos que passamos sem que te apercebesses da nossa constância, ao teu lado; apenas sentindo, sem saber, as vibrações de amor da presença, naqueles dias em que não tinhas os achaques desta tua estada de agora, em que os teus músculos é que marcam a possibilidade e o interesse de ir mais a frente, no sentido de terminar uma pequena tarefa; que mesmo assim, enfrenta o desejo de terminar, de cancelar o pouco que falta para concluir.

Meu filho, compreendemos todos os teus desafios, porque fomos nós que estabelecemos essa condição, quando do inicio de tua reencarnação. Agora, que já estás bem mais próximo da conclusão de mais uma etapa na carne; neste momento que já vislumbras o porto de partida, nada mais resta a nós, que te relembrar as lições perdidas; as muitas que tiveste as tantas que não te apercebeste, no caminho repleto de armadilhas e de sonhos camuflados de esperanças inalcançáveis. Segues meu filho, nessa tua jornada, buscando te encontrar com o teu próprio eu, que nunca esteve perdido na imensidão das incógnitas, por que teria de passar nessa tua jornada em busca da evolução. Assumiste muitos aprendizados na humildade, procurando vencer-te a ti mesmo no enfrentamento de tuas angústias, de teus desejos inconsequentes de poder e de conter em teu redor as flâmulas do luxo e da vaidade.  Venceste, quando em contato com irmãos, em missões mais simples, começaste a arraigar dentro de ti, que nada daquilo que pensavas inicialmente te dar felicidade, era certo. _ Que deverias sim, encontrar a satisfação de vida, dentro das coisas singelas, incompreendidas para os que vivem no luxo e na bonança. Ao desligar-se um pouquinho daquela ambição de poder e de mando, resististe ao assédio da prova, que procurava te punir, fazendo com que sentisses a angústia, a vergonha do fracasso; sem aceitá-lo como coisa corriqueira, que o ser humano tem que enfrentar em suas jornadas de trabalho e de esclarecimento. Enveredaste pelo espiritismo. O abandonaste na parte coorporativa.  Entraste na Maçonaria. Endossaste apenas sua filosofia; mas entendeste que o motivo maior da evolução, está dentro de cada um e que a Organização, nada mais é que lugar, em que os indivíduos que são livres e de bons costumes, que têm os mesmos objetivos de evolução, se associam, amparando-se uns nos outros, para poder galgar um índice de evolução interior, mais condizente com seus propósitos: o objetivo, próprio, criado por si mesmo, alimentado com seus sonhos de galgar um status maior, na hierarquia do cosmo, que é a meta de todas as pessoas, que já se ligam a um fator mais longo de evolução. Ai nesse ponto; chegaram às pequenas desilusões com os teus pares, que te forçaram a procurar a teu modo, abandonar os estudos, sem se retirar de vez do convívio com os irmãos.

Concordamos que as coisas que o espírito passa a considerar como inócuas para alcançar a perfeição, devem ser deixadas de lado. Como disse Nosso Senhor Jesus Cristo: “há muitas moradas na casa de meu Pai”. Portanto, para que haja muitas moradas, forçosamente deve haver muitos caminhos, que se entrelaçam nas ideias, que as mentes envolvidas perseguem em seus aprendizados. A luta meu filho, se compõe, não somente de vitoria e de derrotas, mas também de muitos recuos e avanços, que vão formando por onde passam; rastros, num desenho que reflete a sabedoria dos atos que foram praticados. Não há razão para que nada seja desprezado; mas há sim, um compromisso maior do espírito, consigo mesmo; que cada um constrói dentro de si, para alcançar um fim que só ele sabe onde endereçou e como planejou alcançar. Não é, portanto, uma canção que pode ser cantada em coro, pelo desejo maior, individual, de alcançar um objetivo; como agora acontece contigo, ao anestesiares com a própria dor, esses teus músculos, que já pareciam dar sinais de fracasso, em tua tarefa tão repetida, de alcançar as mil palavras digitadas. _Esse intento, que um dia fará parte do passado; porque embora estejas com a idade física bastante avançada, tu ainda atingirás, possivelmente, as duas mil palavras; desde que coloque em tua mente esse objetivo, tão real. As metas meu filho, são construídas nos desejos firmes, de se alcançar um propósito; não há demarcação para as aspirações. Não existe limite para os objetivos; desde que se tenha o desejo firme de concluir algum empreendimento. Quantas coisas nós já te explicamos, que número de aulas te demos em tua vida? Quantos caminhos errados foram evitados; quantas alamedas floridas te foram mostradas em teus sonhos? Fantasias, quimeras, desejos, realizações, lutas, recuos, avanços, contemplação e quantas lições concluídas, com as orientações misturadas de todos esses processos, por que tu passaste na vida, meu filho? Nós estamos satisfeitos, por teres conseguido, mesmo com todo esse esforço, nos dar a oportunidade de usar o teu cérebro encarnado, nesse trabalho de sintonia com as nossas emissões de pensamentos e que um dia, os resultados serão transferidos para a memória perispiritual, que irá alicerçar os dons, que poderás desfrutar em outras encarnações. Que a paz de Deus, a paz do Meigo Rabi da Galiléia, se faça presente e que esta paz, venha com meu espírito. _Sara em nome do Pai.

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